sexta-feira, 18 de maio de 2012

Por que estamos gordos?

Por Mauricea Amaral

Num tempo em que as formas esguias e os músculos esculpidos constituem um avassalador padrão de beleza, o excesso de peso e a obesidade transformaram-se na grande epidemia do planeta. Nos Estados Unidos, nada menos que 97 milhões de pessoas (35% da população), estão acima do peso normal. E destas 39 milhões ( 14% da população) pertencem a categoria dos obesos. O problema de forma alguma se restringe aos países ricos.

Com todas as suas carências, o Brasil vai pelo mesmo caminho: 40% da população (mais de 65 milhões de pessoas) está com excesso de peso e 10% dos adultos cerca de (10 milhões) são obesos.
A tendência é mais acentuada entre as mulheres (12% a 13%) do que entre os homens (7% a 8%). E, por incrível que pareça, cresce mais rapidamente nos segmentos de menor poder econômico.

Inimigos

Sedentarismo, comilança e stress

Estamos vivendo a era da globalização de um modo de vida baseado na inatividade corporal frente às telas da tv e do computador, no consumo de alimentos industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados, e num altíssimo grau de tensão psicológica.

A “mcdonaldização”

Em ritmo acelerado a escola planetária, as culinárias tradicionais vão sendo atropeladas pelo fast-food.
Milhões de seres humanos estão migrando dos carboidratos para as gorduras.

Consequências:

Artérias entupidas e diabetes são apenas algumas das possíveis consequências do excesso de peso.

Opinião Médica:


O indivíduo pode até emagrecer, mas vai ter que se cuidar pelo resto da vida para não engordar de novo. É por isso, que também em longo prazo, os regimes restritivos não resolvem. Com eles a pessoa emagrece rapidamente, mas não consegue suportar, por muito tempo, e volta a engordar. É o chamado “efeito sanfona”, o massacrante vai e vem do ponteiro da balança.

O Primeiro Passo:

Levantar-se da poltrona e mexer o corpo                  
O sedentarismo é a causa mais importante do excesso de peso e da obesidade. Por esse simples motivo, a atividade física tem que ser o primeiro item de qualquer programa realista de tratamento da doença. Então deve-se abraçar uma atividade aeróbica ( caminhada, esteira, corrida, bicicleta, hidroginástica, natação, remo, dança). Então o organismo começa a queimar gordura como fonte de energia.

Reeducação Alimentar:

- Segurar a compulsão
- Fazer um diário e anotar tudo o que se come
- Jamais pular refeições
- Não comer lendo ou assistindo tv
- Comer em intervalo de 3h
- Mastigar bem e descansar o garfo entre cada bocada
- Comer frutas, legumes, verduras, carne branca, jamais salgadinhos, guloseimas
- Controlar a ansiedade com a prática de exercícios físico.

Cirurgias

Cirurgia do estômago

Além da fórmula “atividade física + reeducação alimentar + psicoterapia”, há uma vasta gama de tratamentos auxiliares.

A cirurgia do estômago pode ser uma alternativa no caso da obesidade mórbida, quando o excesso de gordura coloca em sério risco a vida, a saúde da pessoa.

Cirurgia de Bypass intestinal

A Cirurgia bypass é a técnica que faz um desvio no intestino do paciente, após um curto período de recuperação, o paciente leva uma vida normal, emagrece e continua comendo o que gosta.

Dedé Santana foi um dos vários artistas que realizou a cirurgia bypass intestinal. “Ouvi comentários sobre a cirurgia de redução de estômago. Conheci pessoas que fizeram e passaram muito mal após. Tiveram mal estar, vomitavam, não podiam comer qualquer alimento, e tinham que tomar remédios. Redução de estômago, eu jamais faria”.

Dedé Santana perdeu 45 kg e após a cirurgia de bypass intestinal, a depressão e o momento difícil passou pelo período que estava obeso.

Para os médicos, a obesidade é uma doença. E o que é pior, uma doença crônica e incurável.

Saiba Mais:

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A opinião de quem sofre com a obesidade

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